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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Dia Mundial da Prevenção ao AVC


Você sabia que ontem dia 29/10 foi o dia mundial de conscientização e prevenção ao AVC? Você sabe o que é o AVC? 

Acidente vascular cerebral ou derrame como é popularmente conhecido, é a segunda doença que mais mata no Brasil, segundo o site da Agência Brasil. Está data visa conscientizar as pessoas sobre as graves sequelas, que podem ser incapacitantes ou levar a morte em decorrência do AVC. O alerta é sobre a necessidade de se adotar hábitos e comportamentos saudáveis como prevenção. 

Acidente Vascular Isquêmico é quando se dá o entupimento dos vasos no cérebro e o Acidente Vascular Hemorrágico ocorre quando há o rompimento dos vasos sanguíneos no cérebro. 

Pessoas com 70 anos e mais são as que mais têm desfechos negativos que levam a óbito. (Agencia Brasil) 
Fique atento aos sintomas do AVC e procure ajuda médica imediatamente:
  • dor de cabeça muito forte, de início súbito, sobretudo se acompanhada de vômitos; 
  • fraqueza ou dormência na face, nos braços ou nas pernas, geralmente afetando um dos lados do corpo; 
  • paralisia (dificuldade ou incapacidade de se movimentar); 
  • perda súbita da fala ou dificuldade para se comunicar e compreender o que se diz; 
  • perda da visão ou dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos; 
  • tontura, perda de equilíbrio ou de coordenação; 
  • alterações na memória e na capacidade de planejar as atividades diárias; 
  • náuseas; 
  • vômito; 
  • confusão mental; 
  • perda de consciência; 
  • sonolência; 
  • alterações nos batimentos cardíacos e na freqüência respiratória; 
  • convulsões.

Como identificar os sinais do AVC

Fonte foto: https://aconteceunovale.com.br/portal/?p=71569

Existem alguns fatores que predispõem uma pessoa a ter AVC, a idade, a partir de 55 anos e o sexo masculino são fatores que não se pode modificar, mas há fatores modificáveis que você pode adotar pra sua vida que diminuirão as chances de desenvolver a doença, como por exemplo, controlar a pressão, a diabetes e o colesterol, diminuir ou evitar o tabagismo, o uso de drogas, controlar o peso, fazer exercício, deixar de ser sedentário e diminuir estresse. (BVS.Saúde) 


Fonte foto: https://www.ceara.gov.br/2018/10/25/samu-ceara-192-abre-semana-de-combate-ao-avc-na-sexta-feira-26/

Sequelas do AVC podem ser: 
  • alteração da fala; 
  • incapacidade de reconhecer pessoas e objetos; 
  • perda da memória de curto ou longo prazo, confusão mental e esquecimentos pontuais;
  • sensibilidade alterada; 
  • paralisia, alteração motora. 

Portanto, para você continuar com saúde e qualidade de vida adote hábitos saudáveis, cuide-se, ame-se e seja feliz consigo e com quem convive com você.
Não espere ser tarde pra cuidar de si. 

Liliane Neres


Referências:  

https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-10/lembrado-hoje-dia-mundial-do-avc-serve-de-alerta-populacao 

http://bvs.saude.gov.br/ultimas-noticias/2838-29-10-dia-mundial-do-avc-acidente-vascular-cerebral

domingo, 7 de julho de 2019

Quedas em Idosos

Quedas em Idosos


     Para OMS queda é “vir inadvertidamente a ficar no solo ou em outro nível inferior, excluindo mudanças de posição intencionais para se apoiar em móveis, paredes ou outros objetos”. (OMS, 2010)
      Segundo Castilho et al (2014) queda é a “não intenção de cair e a incapacidade de corrigir a postura para evitar a queda”.
      A queda pode indicar declínio da capacidade funcional do idoso ou até mesmo ser sintoma de alguma doença, por isso a necessidade de investigar o motivo da queda. Quanto mais quedas uma pessoa idosa sofrer, maior é a perda de sua capacidade funcional. (CASTILHO et al 2014)
       De acordo o blog do Ministério da Saúde, a cada três idosos, um sofre queda e a cada vinte que sofreram queda, um sofre uma fratura ou precisa de internação.
        Queda em pessoa idosa não é normal, não faz parte da fase do envelhecimento e indica fragilidade, além de acarretar graves consequências. Pode levar a hospitalização, principalmente devido a fraturas e em muitos casos há necessidade de encaminhamento para instituições de longa permanência devido à necessidade de um cuidado mais especializado e de maior tempo de duração. Após uma queda o idoso pode passar a ter medo de cair novamente e restringir suas atividades sociais, o que leva ao aumento de sintomas de ansiedade e depressão, sentimento de inutilidade e piora no declínio funcional. A recuperação de uma fratura de fêmur é mais demorada e pode levar a maiores complicações como tromboembolismo venoso, úlcera por pressão e infecção urinária. Além de que, após internação como resultado de queda, o idoso pode vir a óbito devido à pneumonia, infarto e tromboembolismo pulmonar. (CASTILHO ET AL 2014)
       O quadro abaixo mostra a síndrome da pós-queda, que se dá com o receio e medo de cair novamente, então a pessoa idosa se isola em casa, restringindo a atividade física, que leva a perda de energia e de força muscular levando a fragilização que aumenta as chances de uma nova queda. Para OMS, 2010 a síndrome da pós-queda tem como consequência a dependência, perda da autonomia, confusão, imobilização e depressão.




              Pessoas idosas institucionalizadas ou aquelas com mais de 80 anos tem maiores chances de sofrer quedas e o número de quedas fatais também aumentam com a idade. Outro dado importante é que óbitos por acidente representam a quinta causa de morte de idosos e dois terços são em decorrência de quedas. (CASTILHO ET AL 2014)
             Para Castilho etnal (2014) a maioria das quedas acontecem durante o dia e são mais comuns nos quartos e nos banheiros. Os fatores relacionados a quedas podem ser intrínsecos, que são aqueles relacionados a própria pessoa ou extrínsecos, que são relacionados ao ambiente em que vive ou circula. Fatores intrínsecos equivalem a 70% das quedas e extrínsecos 30%.
          O quadro abaixo mostra os fatores de risco de quedas em pessoas idosas que são representados por fatores comportamentais, biológicos, socioeconômicos e ambientais:




       
             Os custos de uma queda em pessoa idosa são onerosos tanto para a família quanto para o Estado.
            Os fatores de proteção contra quedas dizem respeito a mudanças comportamentais e do ambiente. Como acompanhamento oftalmológico e clínico para tratar de doenças crônicas como pressão alta e diabetes por exemplo, manter estilo de vida saudável, como boa alimentação, fazer exercícios regularmente, não fumar e evitar bebidas alcoólicas. Quanto a fatores extrínsecos o quadro abaixo dá dicas de como melhoras o ambiente para evitar quedas na residência de uma pessoa idosa.



            
        Procure sempre estar atento a qualquer sintoma e ao ambiente que cerca a pessoa idosa para evitar quedas que podem levar a grande prejuízo da sua saúde física e emocional.





REFERENCIAS:
Relatório Global da OMS sobre Prevenção de Quedas na Velhice. Tradução do documento original Letícia Maria de Campos. Projeto gráfico e diagramação Sylia Rehder Marcos Rosado. Centro de Produção e Divulgação Científica Coordenadoria de Controle de Doenças Secretaria de Estado da Saúde, 2010.
Coimbra, Angela Maria Castilho (Org). Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Organizado por Ângela Maria Castilho Coimbra e Ana Paula Abreu Borges. – 2a ed. – Rio de Janeiro: EAD/ENSP, 2014.

terça-feira, 2 de julho de 2019

Incontinência Urinária no Idoso


Incontinência Urinária no Idoso


          A incontinência urinária é uma das grandes síndromes geriátricas e ela se caracteriza pela perda involuntária de urina, ou seja, a pessoa tem dificuldade em controlar a urina. A prevalência aumenta com a idade e cerca de um terço das mulheres e um quarto dos homens sofrem com algum grau de incontinência urinária. (Coimbra, 2014)
           De acordo Chaimowicz (2009) um estudo realizado em Ouro Preto em MG mostrou que 69% das mulheres desenvolveram incontinência urinária, enquanto os homens alcançaram 55%, esse número aumenta em casos de pessoas idosas institucionalizadas.
            A incontinência urinária afeta diretamente a qualidade de vida da pessoa, pois leva a diminuição da auto-estima, diminuição da participação e até ao isolamento social, depressão, quedas e fraturas, devido à necessidade urgente de ir ao banheiro, provocando acidente. Além do desenvolvimento de infecções, úlcera de pressão, disfunção sexual, podendo chegar à institucionalização. (CHAIMOWICZ, 2009 e FREITAS, 2017)
          Você sabia que a pessoa idosa urina mais a noite do que uma pessoa mais jovem? Pois é, o jovem elimina dois terços durante o dia e um terço a noite, já os mais velhos eliminam metade de dia e a outra metade à noite, por isso se levantam tanto durante a noite para ir ao banheiro. (COIMBRA, 2014)
     Muitos idosos acreditam que a incontinência urinária é normal devido ao envelhecimento e acabam não procurando ajuda especializada, principalmente por se sentirem envergonhados.
            “A micção é um processo complexo e dinâmico cuja fisiologia envolve a integração de nervos periféricos, medula e centros encefálicos em córtex cerebral, ponte, bulbo e mesencéfalo. Estes centros superiores dirigem aos órgãos do trato urinário inferior influências neurológicas excitatórias e inibitórias e recebem aferências sensitivas desses órgãos.” (FREITAS, 2017)
        A incontinência urinária pode ser dividida em dois tipos: 1) Incontinência Urinária Transitória e 2) Incontinência Urinária Estabelecida.
            A Incontinência Urinária Estabelecida pode ser subdividida em:
  • Incontinência urinária de estresse ou de esforço;
  • Incontinência urinária de urgência ou bexiga hiperativa ou instabilidade do detrusor;
  • Incontinência urinária por hiperfluxo ou transbordamento;
  • Incontinência urinária mista;
  • Incontinência funcional.
            Vejamos agora cada uma das incontinências:

           Nos casos de incontinência urinária transitória, geralmente há uma causa específica, identificável e potencialmente reversível. Observe o quadro abaixo:
Constipação intestinal, fecaloma: provocam urgência ou incontinência urinária de transbordamento.
Confusão mental: o paciente não compreende que quer urinar ou não acha o banheiro.
Dificuldade de locomoção: fratura, AVC, Parkinson, osteoartrite, hipotensão ortostática.
Doenças sistêmicas em idosos frágeis: pneumonia, fibrilação atrial aguda, etc.
Infecções do trato urinário: cistite, uretrite, vulvovaginite.
Ingestão de líquido em excesso: no final da tarde ou à noite, pode provocar nocturia.
Medicamentos: veja um quadro especifico sobre drogas que provocam incontinência urinária.
Neoplasia, cálculos e divertículos vesicais: provocam incontinência urinária de urgência.
Poliúria: diabetes descompensado, reabsorção noturna de edema, hipercalcêmica.
Retenção urinaria: por anticolinérgicos ou prostatite (provocam incontinência urinária de transbordamento).
(CHAIMOWICZ, 2009)
Substâncias que podem provocar ou agravar a incontinência urinária:
Diuréticos – rápido enchimento vesical; diminui a capacidade de contração miccional.
• Cafeína – diurético.
• Sedativos – deprimem os centros cerebrais que inibem a micção.
• Álcool – efeito diurético e sedativo.
• Anticolinérgicos – retenção urinária e fecal e delirium.
• Antidepressivo – efeito anticolinérgico e sedação.
• Antipsicóticos – efeito anticolinérgico, sedação, rigidez e i mobilidade.
• Analgésicos opioides – sedação, impactação fecal e urinária.
(COIMBRA, 2014)
       O tratamento da causa geralmente leva a remissão da incontinência urinária transitória.
     
      Lista de substâncias que afetam a continência urinária:




         A incontinência urinária de estresse ou de esforço se dá devido ao aumento da pressão intra-abdominal que ocorre ao espirrar, tossir, rir, correr ou se inclinar. Nas mulheres os fatores de risco abrangem a obesidade, partos vaginais, hipoestrogenismo (diminuição da quantidade de estrogênio) ou cirurgias. No homem esse tipo de incontinência é mais incomum, porém, se dá devido à deficiência esfincteriana intrínseca secundária a cirurgias, principalmente a prostatectomia radical e ainda mais rara quando há traumas pélvicos e lesões neurológicas. (FREITAS, 2017) Nas idosas é o segundo tipo mais comum de incontinência, já nas mulheres jovens a é a mais comum (COIMBRA, 2014)
        A incontinência urinária de urgência ou hiperativa é a mais comum entre pessoas idosas, principalmente nas maiores de 75 anos e ela se dá com um forte e urgente desejo de urinar, podendo apresentar ou não incontinência e há aumento do volume e da frequência. (CHAIMOWICZ, 2009 e FREITAS, 2017)
         Já a incontinência urinária por hiperfluxo ou transbordamento ocorre com a obstrução da uretra ou doença neurológica levando a hiperdistensão da bexiga, ou seja, a bexiga passa a eliminar pequenas quantidades de urina constantemente. (CHAIMOWICZ, 2009)
        Incontinência urinária mista é a coexistência de mais de um tipo de incontinência no mesmo indivíduo. Condição frequente entre idosos, especialmente nas mulheres”. (CHAIMOWICZ, 2009)
   Incontinência funcional ocorre devido a causas externas como fraturas, comprometimentos cognitivos, limitações físicas, psíquicas ou ambientais que possam dificultar a chegada ao banheiro. (FREITAS, 2017)
     O tratamento no caso da incontinência urinária é multifatorial e deve ter um planejamento adequado e personalizado para cada individuo para assim poder atender a demanda especifica de cada um. O tratamento pode ser não farmacológico, através de modificações no ambiente para facilitar o acesso do idoso ao banheiro ou através de técnicas corporais, com exercícios que possibilitem a restauração da capacidade de urinar normalmente. O tratamento pode ser também farmacológico ou cirúrgico.      
         Importante que se você observar qualquer sintoma deve procurar ajuda especializada para dar inicio ao tratamento e evitar maiores complicações como isolamento social, depressão, infecções e até mesmo institucionalização. Não se sinta inseguro ou envergonhado, procure ajuda e assim manter sua qualidade de vida.

REFERENCIAS:
COIMBRA, Angela Maria Castilho (Org.) Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Organizado por Angela Maria Castilho Coimbra e Ana Paula Abreu Borges.  2a ed. Rio de Janeiro: EAD/ENSP, 2014.
FREITAS, Elizabete Viana de; Py Ligia. Tratado de geriatria e gerontologia.. – 4. ed. – [Reimpr.]. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
CHAIMOWICZ, Flávio com colaboração de Barcelos, Eulita Maria; Madureira, Maria Dolores S. e Ribeiro, Marco Túlio de Freitas. Saúde do idoso. Belo Horizonte: Nescon/UFMG, Coopmed, 2009.