Quedas em Idosos
Para OMS queda é “vir inadvertidamente a ficar no
solo ou em outro nível inferior, excluindo mudanças de posição intencionais
para se apoiar em móveis, paredes ou outros objetos”. (OMS, 2010)
Segundo
Castilho et al (2014) queda é a “não intenção de cair e a incapacidade de
corrigir a postura para evitar a queda”.
A
queda pode indicar declínio da capacidade funcional do idoso ou até mesmo ser
sintoma de alguma doença, por isso a necessidade de investigar o motivo da
queda. Quanto mais quedas uma pessoa idosa sofrer, maior é a perda de sua
capacidade funcional. (CASTILHO et al 2014)
De
acordo o blog do Ministério da Saúde, a cada três idosos, um sofre queda e a
cada vinte que sofreram queda, um sofre uma fratura ou precisa de internação.
Queda
em pessoa idosa não é normal, não faz parte da fase do envelhecimento e indica
fragilidade, além de acarretar graves consequências. Pode levar a
hospitalização, principalmente devido a fraturas e em muitos casos há
necessidade de encaminhamento para instituições de longa permanência devido à
necessidade de um cuidado mais especializado e de maior tempo de duração. Após
uma queda o idoso pode passar a ter medo de cair novamente e restringir suas
atividades sociais, o que leva ao aumento de sintomas de ansiedade e depressão,
sentimento de inutilidade e piora no declínio funcional. A recuperação de uma
fratura de fêmur é mais demorada e pode levar a maiores complicações como
tromboembolismo venoso, úlcera por pressão e infecção urinária. Além de que,
após internação como resultado de queda, o idoso pode vir a óbito devido à
pneumonia, infarto e tromboembolismo pulmonar. (CASTILHO ET AL 2014)
O
quadro abaixo mostra a síndrome da pós-queda, que se dá com o receio e medo de
cair novamente, então a pessoa idosa se isola em casa, restringindo a atividade
física, que leva a perda de energia e de força muscular levando a fragilização
que aumenta as chances de uma nova queda. Para OMS, 2010 a síndrome da
pós-queda tem como consequência a dependência, perda da autonomia, confusão,
imobilização e depressão.
Pessoas idosas institucionalizadas ou aquelas com mais de 80 anos tem maiores chances de sofrer quedas e o número de quedas fatais também aumentam com a idade. Outro dado importante é que óbitos por acidente representam a quinta causa de morte de idosos e dois terços são em decorrência de quedas. (CASTILHO ET AL 2014)
Para
Castilho etnal (2014) a maioria das quedas acontecem durante o dia e são mais
comuns nos quartos e nos banheiros. Os fatores relacionados a quedas podem ser intrínsecos,
que são aqueles relacionados a própria pessoa ou extrínsecos, que são
relacionados ao ambiente em que vive ou circula. Fatores intrínsecos equivalem
a 70% das quedas e extrínsecos 30%.
O
quadro abaixo mostra os fatores de risco de quedas em pessoas idosas que são
representados por fatores comportamentais, biológicos, socioeconômicos e
ambientais:
Fonte foto: https://www.vidaplenaebemestar.com.br/qualidade-de-vida/prevencao-de-quedas-e-manutencao-da-mobilidade-do-idoso
Os custos de uma queda em pessoa idosa são onerosos tanto para a família quanto para o Estado.
Os
fatores de proteção contra quedas dizem respeito a mudanças comportamentais e
do ambiente. Como acompanhamento oftalmológico e clínico para tratar de doenças
crônicas como pressão alta e diabetes por exemplo, manter estilo de vida
saudável, como boa alimentação, fazer exercícios regularmente, não fumar e evitar
bebidas alcoólicas. Quanto a fatores extrínsecos o quadro abaixo dá dicas de
como melhoras o ambiente para evitar quedas na residência de uma pessoa idosa.
Procure sempre estar atento a qualquer sintoma e ao
ambiente que cerca a pessoa idosa para evitar quedas que podem levar a grande prejuízo
da sua saúde física e emocional.
REFERENCIAS:
Relatório
Global da OMS sobre Prevenção de Quedas na Velhice. Tradução do documento original Letícia Maria de
Campos. Projeto gráfico e diagramação Sylia Rehder Marcos Rosado. Centro de
Produção e Divulgação Científica Coordenadoria de Controle de Doenças
Secretaria de Estado da Saúde, 2010.
Coimbra, Angela Maria Castilho (Org). Envelhecimento
e saúde da pessoa idosa. Organizado por Ângela Maria Castilho Coimbra e Ana
Paula Abreu Borges. – 2a ed. – Rio de Janeiro: EAD/ENSP, 2014.