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domingo, 7 de julho de 2019

Quedas em Idosos

Quedas em Idosos


     Para OMS queda é “vir inadvertidamente a ficar no solo ou em outro nível inferior, excluindo mudanças de posição intencionais para se apoiar em móveis, paredes ou outros objetos”. (OMS, 2010)
      Segundo Castilho et al (2014) queda é a “não intenção de cair e a incapacidade de corrigir a postura para evitar a queda”.
      A queda pode indicar declínio da capacidade funcional do idoso ou até mesmo ser sintoma de alguma doença, por isso a necessidade de investigar o motivo da queda. Quanto mais quedas uma pessoa idosa sofrer, maior é a perda de sua capacidade funcional. (CASTILHO et al 2014)
       De acordo o blog do Ministério da Saúde, a cada três idosos, um sofre queda e a cada vinte que sofreram queda, um sofre uma fratura ou precisa de internação.
        Queda em pessoa idosa não é normal, não faz parte da fase do envelhecimento e indica fragilidade, além de acarretar graves consequências. Pode levar a hospitalização, principalmente devido a fraturas e em muitos casos há necessidade de encaminhamento para instituições de longa permanência devido à necessidade de um cuidado mais especializado e de maior tempo de duração. Após uma queda o idoso pode passar a ter medo de cair novamente e restringir suas atividades sociais, o que leva ao aumento de sintomas de ansiedade e depressão, sentimento de inutilidade e piora no declínio funcional. A recuperação de uma fratura de fêmur é mais demorada e pode levar a maiores complicações como tromboembolismo venoso, úlcera por pressão e infecção urinária. Além de que, após internação como resultado de queda, o idoso pode vir a óbito devido à pneumonia, infarto e tromboembolismo pulmonar. (CASTILHO ET AL 2014)
       O quadro abaixo mostra a síndrome da pós-queda, que se dá com o receio e medo de cair novamente, então a pessoa idosa se isola em casa, restringindo a atividade física, que leva a perda de energia e de força muscular levando a fragilização que aumenta as chances de uma nova queda. Para OMS, 2010 a síndrome da pós-queda tem como consequência a dependência, perda da autonomia, confusão, imobilização e depressão.




              Pessoas idosas institucionalizadas ou aquelas com mais de 80 anos tem maiores chances de sofrer quedas e o número de quedas fatais também aumentam com a idade. Outro dado importante é que óbitos por acidente representam a quinta causa de morte de idosos e dois terços são em decorrência de quedas. (CASTILHO ET AL 2014)
             Para Castilho etnal (2014) a maioria das quedas acontecem durante o dia e são mais comuns nos quartos e nos banheiros. Os fatores relacionados a quedas podem ser intrínsecos, que são aqueles relacionados a própria pessoa ou extrínsecos, que são relacionados ao ambiente em que vive ou circula. Fatores intrínsecos equivalem a 70% das quedas e extrínsecos 30%.
          O quadro abaixo mostra os fatores de risco de quedas em pessoas idosas que são representados por fatores comportamentais, biológicos, socioeconômicos e ambientais:




       
             Os custos de uma queda em pessoa idosa são onerosos tanto para a família quanto para o Estado.
            Os fatores de proteção contra quedas dizem respeito a mudanças comportamentais e do ambiente. Como acompanhamento oftalmológico e clínico para tratar de doenças crônicas como pressão alta e diabetes por exemplo, manter estilo de vida saudável, como boa alimentação, fazer exercícios regularmente, não fumar e evitar bebidas alcoólicas. Quanto a fatores extrínsecos o quadro abaixo dá dicas de como melhoras o ambiente para evitar quedas na residência de uma pessoa idosa.



            
        Procure sempre estar atento a qualquer sintoma e ao ambiente que cerca a pessoa idosa para evitar quedas que podem levar a grande prejuízo da sua saúde física e emocional.





REFERENCIAS:
Relatório Global da OMS sobre Prevenção de Quedas na Velhice. Tradução do documento original Letícia Maria de Campos. Projeto gráfico e diagramação Sylia Rehder Marcos Rosado. Centro de Produção e Divulgação Científica Coordenadoria de Controle de Doenças Secretaria de Estado da Saúde, 2010.
Coimbra, Angela Maria Castilho (Org). Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Organizado por Ângela Maria Castilho Coimbra e Ana Paula Abreu Borges. – 2a ed. – Rio de Janeiro: EAD/ENSP, 2014.