quinta-feira, 9 de julho de 2020

Reencontro

Hoje decidi fazer algo que me incomodava a muito tempo, algo como uma campainha de alarme baixinha, porém incessante. Tomado de coragem e ferido pelo tempo, sentei e procurei meu coração. Não sei se na verdade meu ser implorava por esse momento, mas a vida cheia de ciúmes sempre me empurrava para longe dele. Quando começamos a conversar, percebemos que quase tudo que havíamos combinado no passado já tinha sido esquecido no oceano do tempo e suas correntezas. 

Começamos a relembrar quem éramos, que sonhos tínhamos e que futuro íamos construir. Tentamos dolorosamente nos conhecer novamente perdoando as cicatrizes que fizemos um ao outro e sepultado as dores de nossas perdas, que não foram poucas. Choramos muito por perceber que não estávamos sós nesse caminho de sonhos inquilinos do passado que ainda vive em nós. Foram momentos duros que tivemos que enfrentar, verdades escondidas que emergiram das lágrimas estocadas entre nós. 

Nos sentimos melhor depois desse encontro e descobrimos que todos temos um porto seguro em suas vidas quando não desprezamos nossos sentimentos por futilidades. Só dessa forma entendemos a dor do próximo, pois nos colocamos no lugar dele. Quando tiver um tempinho sente-se com seu coração, vocês precisam um do outro. 


Para que viver sofrendo a dor do vazio provocada por essa separação que só nos enfraquece. Se as coisas não mudam, mude você para passar por elas. Você pode ter motivos até para esquecer seu coração, mas ele estará sempre vivo dentro de você e o acompanhará para o melhor e o pior. Você e seu coração comessem um projeto novo a cada dia, mesmo que eles sejam sempre os mesmos, você pode vive-los de formas diferente.

Otimismo, amor e esperança sempre.

Antônio Arruda


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