Participação
Social e Envelhecimento
Segundo
alguns estudos existem uma boa relação entre o bem-estar da pessoa idosa e
a participação social, levando a uma melhora na qualidade e satisfação de vida.
Há uma tendência de permanecer em participação social durante a velhice quando
essas atividades já eram realizadas antes do envelhecimento.
Pode
haver uma redução na rede social da pessoa idosa devido a uma regulação
emocional, a qual ele passa a selecionar suas relações na busca de manter seu
bem-estar elevado. Ele seleciona o que lhe é significativo emocionalmente e que
possa lhe dar suporte quando necessário e que seja prazeroso e deixa de lado o
oposto.
O
engajamento social ou participação social se dá em atividades prazerosas para o
idoso, as quais ele possa se sentir bem emocional e afetivamente. O declínio
cognitivo pode se dar de forma mais lenta naqueles que participam de um maior
número de atividades prazerosas e é uma importante ferramenta de prevenção. A
realização de atividades mais complexas, o aprendizado de novas habilidades, a
possibilidade de aprender sempre, ter acesso a informações são também
ferramentas de prevenção do declínio funcional e melhora da saúde mental.
A
diminuição das relações sociais são fatores que podem levar ao isolamento
social e consequentemente um maior risco de diminuição do suporte social,
desenvolvimento de doenças, incapacidades e do declínio cognitivo, aumento das
morbidades e da mortalidade. Portanto, quanto menor for a participação social
da pessoa idosa, mais rápido será seu declínio motor e funcional.
As
fotos foram tiradas no evento do CRP, Cotidiano das Velhices: Conflitos e
Conquistas, na UNIP campos Vergueiro em 08/06/19, onde tivemos três
apresentações artísticas de idosos, Corporação Musical de São José, Grupo do
Núcleo de Convivência de Idosos Viver Melhor e Grupo Harmonia da UBS Sítio da
Casa Pintada. Estes idosos têm uma ótima participação social, estão inseridos
na comunidade.
Estudos realizados no Japão, China,
Austrália, Europa e EUA concluíram que há muitos benefícios com o engajamento
social, porque ele previne o declínio da saúde e a mortalidade. No entanto,
quanto maior a idade, menor é a participação social. Homens viúvos tendem a ter
uma maior participação social do que os não viúvos e mulheres viúvas têm mais
participação do que os homens viúvos. Outro dado colhido foi que atividades
sociais com amigos diminuem os afetos negativos e atividades obrigatórias com a
família aumentam os afetos negativos.
Estar no meio social propicia melhor
qualidade de vida, um pode ajudar o outro a superar alguma dificuldade, pode-se
também difundir informações sobre saúde, possibilitando que se busque ajuda
profissional. Para NERI e PINTO (2016) “promover engajamento social é uma
estratégia de saúde pública”, pois esse estar e conviver junto além de evitar
isolamento, depressão e até mesmo o suicídio, possibilita ajuda mútua,
aumentando as possibilidades de resolver as adversidades da vida.
E você o que está esperando para se
engajar em novas atividades e fazer novas amizades e ampliar as possibilidades
de conquistar uma melhor qualidade de vida?
REFERENCIAS:
Kalache, Alexandre. O mundo envelhece: é imperativo criar um pacto de solidariedade
social. Ciência & Saúde Coletiva, vol. 13, núm. 4,
julho-agosto, 2008, pp. 1107-1111 Associação Brasileira de Pós-Graduação em
Saúde Coletiva Rio de Janeiro, Brasil
PINTO, Juliana Martins; NERI, Anita Liberalesso. Participação social e envelhecimento. In:
FREITAS, Elizabeth Viana, et al (eds). Tratado de Geriatria e Gerontologia.
4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koognan, 2016.p. 3440 a 3457. ISBN 9788527729505
PINTO, Juliana Martins e NERI, Anita Liberalesso. Trajetórias da participação social na
velhice: uma revisão sistemática da literatura. Rev Bras. Geriatr.
Geroltol. Rio de Janeiro, 2017; 20(2): 260-273.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por seu comentário.